Mas tão pouco inserida no contexto da autoanálise
O idolatrar-se,
à quem venera as próprias ideias e
convicções
Ao que busca a auto satisfação idônea
Ao que rejeita o outro, por buscar somente seu espaço
Idolatria é consumir desmesuradamente
É ter uma vida guiada e descontornada por vontades e
impulsos
Idolatria é vicio, do evidente ao mais sutil
É a soberba de quem se acha maior que Quem lhe criou
É a arrogância de quem não respeita os espaços de fé alheios
O idólatra não sabe dobrar os joelhos à fé, mas o faz à moda ao fútil, ao transitório, à si
Julga quem sacrifica-se, mas não dá passo que não seja em
benefício próprio
Não sabe o que permeia as devoções, pois não lê digitais
calejadas
Desconhece que mãos amparam os joelhos
Menospreza o que é intercessão, pois não preza pela dor do
outro
Somente aponta com suas mãos lisas, dedo constantemente
em riste
A maior idolatria está no ostentar, ou nas ambições estéreis
Nas vaidades, no não conformar-se com o tempo que chegou
No esquecimento da alma, no absolutizar-se na aparência
Idolatria é deixar-se alienar
Subir nos palanques da soberba e
Achar-se o mais imune possível
Idolatria é não deixar-se formar
Sim pode ser no venerar imagens,
principalmente a auto-imagem distorcida pela ausência de auto-desconhecimento e desconhecimento do Outro
Idolatrar é adorar montes construídos na ausência de amor.
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