Onde descansa, àquele que vaga?
Onde se inquieta, se esconde, se cala?
Se ainda sentenciado
Está o que não foi em pleno amado?
Quem lhe perscruta as entranhas?
Seus gritos d’alma?
Dubiedades?
Quem conhece-lhe
Até as infâmias?
... E ainda assim lhe é capaz
De amar sem mais
Sem trocas, sem atrás
Que faz o atrás ser jaz?
Quem ama assim
E mais
Mais?
O cômodo que vem e
Sorrateiro
Deforma-lhe o sorriso
Faz o bem parecer condenador
Enquanto a face do amor
Lhe parece um caminho
Sofredor
Perdedor
Sim, Ele se fez perdedor
Para tornar a mesma face
Reflexo de amor
Amor que não busca andor
Amor indigente
Pé ferido
Mendigo amor
Que de jardim é flor
De sol, ardor
Da rua, passo, caminho e dor
Que se estende no chão
Sem flor
Esperando
Sempre Amor.
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