terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Antes da ponte


Quantas vezes quero descer da cruz, mas lembro-me da coragem nela inaugurada...

Aprendi que não é estado, circunstância ou estação,

É consciência, é reconhecer o que vejo refletir no espelho da vida, mesmo quando embaçado ou pleno de deformidades, possa parecer

Traço a meta, mas lembro-me que não sou a protagonista de uma história que por mim foi ofertada

Descobri o Monte Santo, onde me é necessária a constante saída, subida ou descida, para adentrar no mais nítido de mim.  À medida que não vivo para mim...

Tão místico que chega a ser palpável tão concreto que tira o olhar desencarnado no que se confunde a racionalidade, mas é banhado de um novo prisma, somente esse dom maduro que desfaz fantasias.

Essa palavra eternidade me estremece, mas hoje não é por clichê, ou temor,

mas porque em si carrega toda a mística de uma existência,  de ofertas escondidas, de gritos a partir das transformações mais profundas, carne crucificada, oferta de dons lícitos, escolhas que nunca se embasaram no inconstante.
Nunca e sempre numa mesma e extrema vivência...

Asco das superficialidades, que fez de mim uma alma sonhadora para o além daqui

Letras para o além daqui. Tudo o que for construído a partir de mim, não é meu, tudo é teu,meus frutos serão teus, os meus não serão meus, o que compartilho ou compartilharei será também fruto da Tua Eternidade que hoje quer em mim se configurar a partir de um sim, como tudo o que é eterno...

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