"Olhar para o que não passa e respirar O Essencial, mesmo
quando as essências temporárias permeiam os arredores, os ares, nos circundam e
inundam.
É como sentir frio, mas saber que o fogo queima mais do que
aquece em determinado grau de aproximação.
Perceber-se fraco não é o todo, à medida que é passo, não
um fim que supre ou cura.
Ver-se barro não é mérito ou demérito, mas ponto de
partida, para deixar com que a forma lhe seja necessária.
Mas, como a vontade é permissiva... Como os ímpetos e
pretextos buscam compensações... Como essa consistência busca subsistência,
como não sabemos ou aceitamos o sofrer e esse não perpassa sua dimensão
ontológica à medida que é em nós somente alvo poético, de heroísmo quase literário.
Quando a ferida é exposta, queremos logo supri-la, suprimi-la,
para que em nossos altares pessoais reste somente a silhueta do que delineamos
ou achamos “agradável”, aos olhos de outrem, de nosso querer...
Mas aí perdemos a chave humilde que abre portas e Céus".
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