Piscar mais lentamente e respirar fundo...
Para que o desejo de reconciliação não seja soterrado pela
mágoa inflamada, um entre ponto no meio desta artéria misericordiosa...
Mas sei que acreditam na minh’alma, que meu amor não é
pequeno, no ritmo que é imperfeito.
Sabem que é meu todo que se dá e se estremece
e se fere, chora ou ri, quando um pouco meu é investido...
Sabem que o que me move me comove, me envolve, me impulsiona...
Se não sabem, saberão, se não, que não vejam os processos de
soerguimento.
Eu sofro pela ineficiência dos meus atos, quando não ladeiam
meus anseios,
Sofro, choro, mas durmo, o sono dos santos que sonho ter.
E amo, com o amor dos plenos, que amaria ser...
E creio, com a fé dos eleitos que sou chamada a ser...
Na verdade ensaio muito, mesmo quando não há cortina que vá
se abrir, ou olhar a admirar...
Quero ir até o fim, mas por vezes meço a estrada vindoura,
já imaginado o espaço sem acostamento que se aproxima...
Sei eu perco paisagem nessa vã inquietação, mas ouso olhar
para trás, quando não ando de ré por alguns instantes. Depois acelero o passo,
daí o cansaço...
Queria mesmo era
correr, ou melhor, voar, mas a vida me pede chão, pedra, firmeza, mas
permito-me vez ou outra alguns saltos...
Queria extinguir todo automatismo e saber pisar as folhas
mais barulhentas, contrastando com os psssssssssssiiiiiiuuuuuuuussssssss dos sérios. Uma melodia nova, um caminho novo.
Pois aprendi com o Rei da Novidade a ser eu mesma, mesmo em
noites mais escuras.
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