É, deserto... mais uma vez a menina te
encontrou,
Agora com olhos mais
amadurecidos, pois tu não pareces mais a novidade, a surpresa, o inesperado...
Ela conhece tua aridez, os
reflexos do teu desgastante e severo solo,
mas não há mais temor...
Ela soube ceifar entre lágrimas,
ainda que o chão árido de agora não evidencie nem a semente,
Descobriu que sofrer em movimento
é nobre, é ir lavrando com tais lágrimas os caminhos de alguém...
Não tente assustá-la com teu
escaldar das esperanças, ou congelar no véu de noite escura seus sonhos,
Pois é criatura, necessária passagem,
vereda para um contemplar de algo que o excede,
Hoje, é necessário que sejas em
solidão percorrido,
Para tudo o que ficou de menina
cresça, ande em passos de mulher,
e tudo que cresceu sem a menina...
Ande em passos de pureza.
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