quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Quero Te olhar de novo...

Perdão!!!

Essa palavra repetida diariamente tem poder de  rasgar minh'alma, de converter todas as águas mais impuras de minhas cisternas fendidas no mais nobre vinho...
Por que ainda insisto nessa não adesão plena? Nessa via escassa, paralela a via maior? Por que ainda não me converti a Ti? por que ainda firo teu peito com os golpes de minhas concupiscências?

Os homens lá fora ferem Teu coração, buscam violar as belezas mais sagradas;
Há sim o desconhecimento, a ignorância de nunca terem consumido água pura e, por isso acreditarem que o 'salobro' é o mais agradável a se ingerir. Sim! Isso também por minha omissão... Por passar em meio ao deserto, portando grandes reservatórios de água viva e não partilhá-lo há todo segundo... Fecho-os com minhas próprias mãos, todas as vezes que olho minhas sedes superficiais e páro nelas...

Sei que não me destes discursos de auto-punição, mas permita-me  envergonhar-me de não amar mais... De não parar diante de Teus raios, Sol do Amor e deixar que o velho em mim seja inteiramente queimado, consumido...

Quero reaprender a adorar, a Te olhar com esperança de céu, a não mais banalizar-te por tê-lO sempre perto, mas glorificá-lO e ser cada vez mais feliz por poder saciar-me de Ti, de Teu olhar, por minh'alma poder ser alimentada de Tua presença, ela que já quase definhou por fome e por sede profundas...

Quero adorá-lO também quando não O ver, nos passos, nos atos, no cansaço, enquanto durmo, quero velar por Ti.

Queria eu ter de fato a têmpera dos mártires, mas que covarde sou eu... Nada que não possa ser mudado, pois sei que tudo o que Te oferto por não conseguir, me dás no tempo certo deveramente mais do que preciso...

Eis aqui então, meu desejo de ser-Te melhor.







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