sábado, 13 de fevereiro de 2010

Marcas eternas (Serginho, amigo meu)


Deparei-me com um vaso de argila singular, que não escondia , mas evidenciava seus tesouros,
Tua dor, tempo difícil de escolhas, feridas e grandes curas, decisões que mudariam tudo de lugar,
Em mim, despedidas, tempo de esvaziar as bagagens interiores e preparar com o menos possível as exteriores...

Cantastes um pouco do que vistes em mim, olhando-me como aqueles amigos de longa data,
O que é o tempo, quando Deus nos empresta seu olhar?
O que é o tempo, quando existe verdade?

Me encabulastes por ver flores em meio aos meus espinhos, como muitos nunca ousaram contemplar, talvez nem os embaços distorcidos de meu olhar...

Olhastes com olhar de céu minhas misérias e contemplastes algo santo, maior que eu, místico olhar de confiança que tens, mesmo quando o frágil de mim se revelava...

Entrastes de vez no obscuro de meu peito e ali com chamas novas, cujo combustível é o amor gratuito, tão raro, tão sublime...

Homem de Deus! Que está buscando crescer na estatura de Cristo, tendo de abaixar tanto na estatura humana, na vontade de si, permitindo-se mesmo na dor ...
Desejo de curvar-se a vontade do Alto, mesmo que essa lhe pareça fardo denso. Sabes que os fardos não vêm de Deus, mas de nossas resistências...
Perder horas nessa amizade... Isso me foi tão fecundo. Curar minhas feridas nas tuas, te ajudar a preencher o que em mim faltava tanto, compreender sem compreender o místico de se dar pelo outro. O que se compreensível na totalidade perde a graça...

Oh, meu amigo! Como temos a apreender de Deus.... Quanto ainda nos falta na via do Eterno...
 mas queremos dar passos, queremos acertar no alvo santo, mesmo errando tantas vezes...

Tu és um presente, uma resposta sensível do alto de que vale a pena.

Não te percas, nunca te entregues e se ao lado ninguém restar, olhe melhor para o lado, pois aí Ele não exitará em preencher o que buscas no humano, mesmo quando não encontra lugar dentro de nós

O que é a distância quando existe amor?
Sentimento santo, amizade que nem o oceano pode separar (Poético, não é? Poesia concreta, que dói quando as ondas batem no coração da gente)...

"Seja qual for a estação, não importa a distância, pois nada apagará essas marcas, meu amigo"...

http://www.youtube.com/watch?v=rrcbRK8O2wQ

Ao meu amigo Sergio, em gratidão por sua constante presença, na canção, na cartinha, no silêncio, nas orações... Nas coisas do Eterno.

Amo-te!

Um comentário:

Anônimo disse...

O Mi, quanta bondade sua...
O que eu posso dizer pra vc....
Gratidão.....
Shalom.
Serginho, amigo da Mi, rsrrs