sábado, 13 de junho de 2009

Invernar


Gratidão pelos invernos tão rigorosos, lágrimas quentes que congelavam fora de mim, sem respostas.
Por meu coração ter de fazer constantemente um esforço tremendo de dentro para fora, craquelando na dor todas as minhas feridas.
Por ter experimentado a dependência do Amor. Por perceber que longe do Braseiro Vivo do louvor não posso me aquecer, congelo em minhas retenções, fragilidades.
Gratidão, oh vento, por me dar a oportunidade de, ao fugir de teu cortante ferir, parar para me perceber mais, nas áreas que precisavem ser aquecidas, principalmente as internas, áreas do coração, que a razão finge aquecer...
Gratidão pela solidão que vezes sinto, e me faz aconchegar-me no aquecido peito da Verdade Esponsal, meu fiel consolo.
Gratidão pelos pretextos do frio para a constância encontrar-me num abraço abrasador.

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