É mais que preencher
de esmolas a mão pequena
Mas encher
de esperança um coração
Eu, que de
pequena contemplo as lutas de um povo
Que já
toquei o outro lado do oceano e de saudade
Me vi
novamente aqui, ao lado dos meninos
Que não são
incentivados aos livros, mas sonham como se lessem
Como se já
tivessem tudo em si,
Num vazio
que não é percebido, ou simplesmente não recebe olhares,
Carinho,
trato e tato
Sofro e
questiono se vale a pena vãos holofotes
A bola é
incentivo que vem de fora,
Mas não se
investe no menino
De dentro,
de onde brotam as ideias,
Não se diz:
- Eis aqui teu futuro!!!
Enquanto os
presentes de tantos os fartam
Não há presente,
desde o passado
E, se não se
ouvir o grito do menino
Não haverá
futuro
Quando os
refletores se apagarem
Quando o
foco for outros campos,
Restará o
menino
Seu sonho em
várzea
Seu coração
em vaso
Quiçá um
prato de fé”...
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