domingo, 10 de julho de 2011

Sementes de agora

O mistério da chuva que vai, e não volta sem ter cumprido sua missão, seu dever fecundo, que enobrece em seu feito mais do que a beleza do simples dar-se à terra, mas é lá, no escondimento seu feito mais esplendoroso.
Parábolas se tornam claras àquele que vêe e ouve todos os dias os sinais de amor, tão repetidamente novos… 

Ontem víamos as sementes como a alegoria mais profunda, aí descobrimos as raízes da alma e o que será quando descobrirmos os frutos, e ainda mais quando deles provarmos? Respondo : Seremos mais uma vez felizes pelas sementes, agora mais e mais abundantes... O segredo não está na quantidade delas que portamos, mas no desejo incontido de lançá-las...
Elas precisam cair na boa terra, na terra preparada, não na aparentemente úmida de vontades, mas na laborada, suada de ofertas, pisada de quedas e soerguimentos, pés firmes, pés decididos, que sabem onde estão pisando... Sim, aí está a boa terra, a terra da constância.
Elas já explodem pelo ansear de tocarem nova terra, a terra de ontem sempre hoje, a terra onde se firmará o amanhã. Hoje semente mais amadurecidas, que foram extendidas diante de raios incessantes do Sol, raios persistentes, raios continuamente e constantemente mirados no  alvo certo, sem desvencilhar nem nas noites e tempestades. 
Inevitável será o bom fruto, o fecundo, mesmo em meio à dúvida de outrem, é tempo favorável de tentar de novo. Ao que crêe não pode faltar esperança, não pode faltar o que abunda. Só quem já viveu desertos rigorosos é capaz de crer que toda terra é capaz. 
E tudo cantará de alegria!!!!

Um comentário:

Erlison Galvão disse...

Uma semente ao adentrar neste solo não se esforçará para brotar, pois este solo é em si, fertilizante que induz a vida. Vida que rasga as cascas exteriores e revela sua beleza interior nas raízes que se estende vigorosas pelo solo. Será um caminho intenso de retorno, mas a semente cumpre sua missão. Desponta do pó da terra e sobe com o coração ao céu, fortificada na raiz, inabalável no cerne, com a beleza da copa vicejante, na alegria dos frutos que alimentará uma multidão. Sementes, mais sementes que virão através daquela que não se contentou com a superfície do chão, mas nele adentrou, e até em sua vasta escuridão encheu-se de esperança, e o sol alimentou seu coração.