sábado, 28 de agosto de 2010

Decidir pelo que já é...


Quando o tempo pede tempo para se refazer e dentro de nós há um desejo contido que sente saudades ...

E os passos não estão impedidos de prosseguir... Nada os faria estagnar; nem um efeito, ação, marca exterior ou mesmo interior, somente a liberdade que por escolhas pode ser aprisionada em si, como o fogo, a água, elementos impregados ao bem ou ao nocivo.
Querer, desejar, dar o passo, continuar...  São esses elementos já prontos diante da liberdade ofertada, no ato salvífico que nos foi concedido, mas um ingrediente se torna essencial: decisão. 
Decidir não viver de margem, mas de profundos mergulhos d'alma; decidir por descer mais profundo nas descobertas, nas extremidades, no escuro, no inabitável pelo conhecimento, mas habitável pelo Eterno;  decidir por não escravizar-se, por ser feliz, sem complicações, sem medos vãos, sem exitar nas pedras móveis. Decidir pelo palpável, pelo que se pode tocar, que já está em nossas mãos. Decidir por ter mãos que tocam, que se ofertam, que estão extendidas a todo tempo que não retêm. Decidir pelo que já é, já está lá diante do sempre.
Nesses momentos, deixar o tempo seguir seu curso, as vontades tomarem seus devidos lugares, as impulsivas vias seus acentos custa ainda mais, dói como experiência, mas salva, nos dá a certeza de que sairemos mais vivos,  inundados de decisão e de consequente perseverança.
São os tempos de decisão que dão sentido e firmeza aos passos. Que sejam momentos eternos então...


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