quarta-feira, 17 de junho de 2009

É quando a poesia vira vida e nos falta fé em declamá-la na carne até o fim

"Sobre julgamentos, gritos da carne, ativismo, autosuficiência, e como amar":
Isto ocorre quando olhamos de fora para dentro, nos eximindo de qualquer responsabilidade. (Como o fariseu que se declara inocente diante do publicano). Isto sempre ocorre quando não começamos da perspectiva correta: o nosso coração! Olhar para dentro de nós, do nosso coração antes de lançarmos o nosso olhar para fora de nós. É indispensável.
Muitas vezes pela força do cotidiano (rotina) ou pelo contínuo gosto das novidades, perdemos o foco principal de nossa vocação: "nosso alvo é a santidade, não por presunção, mas por vocação". Perdemos o alvo e corremos o risco de confundir os meios. Nada e nem ninguém nos fará santos a não ser o próprio Deus que é Amor. Não falo do amor teórico, dos livros ou das poesias. Não falo também do amor sentimental e emocional. Falo da Palavra que se fez carne. Falo do amor encarnado (I Cor 13). Falo do amor que tem paciência... com suas próprias fraquezas e as fraquezas dos outros. Que não entra de tempos em tempos em juizo consigo mesmo e com o mundo. Porque Deus é amor e misericórdia.
Do amor que é esquecimento de si, que não busca estar no centro, mas deseja que Deus e os outros ocupem o centro da sua vida.
Falo do amor que não se regozija com a injustiça, mas encontra sua alegria na verdade... Ou seja, que a ausência da santidade retira-lhe a alegria. Que sua aspiração não é menos do que a santidade. Por isso mesmo sofrendo, está disposto a ser corrigido e educado. Um amor que se vive, não um amor que se fala...
Somos chamados a contemplar a cruz com o olhar da fé. Para isto precisamos contemplá-la no corpo Ressuscitado, ou seja, pela ótica da ressurreição.
O nosso chamado é exigente, é sobrenatural. A pessoa só pode responder se tiver ancorada no absoluto de Deus. Sem estarmos afetiva e efetivamente com o foco em Deus, fracassaremos.
O cerne de nossa vocação é o Amor Esponsal a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Não são as teorias, não são os debates, não são os cursos acadêmicos, não são os recursos e nem os avanços das ciências humanas, não são as terapias, não são os novos nem os velhos autores... Isto pode ajudar, mas não resolve o problema, porque a solução ontem, hoje e sempre é Deus, Deus, Deus.
O Mais belo e perfeito humanismo: "Eis o homem". Isto é a fé: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós"...
Ele é o homem perfeito... na sua encarnação, vida, morte e ressurreição, nós encontramos o Espírito que nos dá vida e sentido para nossa vida. A santidade é o perfeito humanismo.
Moysés Louro de Azevedo Filho
(Fundador da Comunidade Católica Shalom)

Nenhum comentário: