domingo, 12 de abril de 2009

Luz constante


"O que esperar do tempo? Se sua dinâmica de contar está sob domínio Daquele que não sabe contar no Amor?


Hoje, meu coração se rasga mais e começa a entender, não ainda na totalidade, pois assim morreria diante de tal mistério. Começa, porém a deixar os fios de luz adentrarem partes antes obscuras, trevas antes desconhecidas, espaços que fazem parte de mim e antes permaneciam no escondimento, ou na indiferença.


Com o Amor nada se dá em partes, tanto na morte, quanto na glória.


Hoje Ele resplandesce por inteiro. Hoje Ele se mostra triunfante, sobre todas as trevas e elas sabem disso... Mesmo que tudo grite na contramão, mesmo que tantas vozes queiram sufocar os apelos do alto, mesmo que as peneiras do pecado insistam em se colocar a frente, esta luz irradia e nunca será reduzida ao obsoleto... Nunca deixará de ser o Sol das almas. Como a flor, que exposta constantemente à luzes artificiais, um dia reclama pelos raios naturais que a chama à vida.


Se a pedra de meu peito (que por muitas vezes tratei como um sepulcro esquecido) rolar, encontrarei os panos de minha vontade, com as marcas purificadas da vontade do Amor. Por vezes vivo inconstâncias, mas elas não são suficientes para negar a ressurreição que me ultrapassa. Nasci para viver o novo constante, esse é meu chamado...


Hoje o céu daqui está nublado, mas no do meu peito há uma luz permanente, constante, que irrompe tudo.


Ressurreição!!! Sentido de toda cruz, de toda oferta, de todo sim, de toda renuncia!


Assim se dá o eterno"...

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