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A alegria existe, mesmo quando chove lá fora e não dá para sair não dá para brincar. Quando chove dentro é tempo de se recolher também, observar os ambientes esquecidos, as arrumações necessárias...

Mesmo que o sorriso esteja escondido, ele é o mesmo, se revelará a qualquer momento...

É como o fruto que no devido momento aparece; só que sorriso não é temporino como frutas, não tem estação para nascer, brota o ano todo, só se assemelha às frutas na medida da docilidade. Se o sol alcança e penetra seus ramos mais entrelaçados, se a chuva cumpre sua missão de ensinar as raizes, o fruto é mais pleno, mais repleto de sementes, mais saboroso ao paladar.

O sorriso enche um ambiente de vida, é um grito espontâneo da alma divina, que por vezes se enche do amor e escapa...

Até o sorrir que se interpreta é libertador, pois para fazê-lo é necessário se fazer memória de alegrias, expelindo assim nosso inconsciente hábito de alimentar as tristezas da alma, ruminar nossos errros, "cavucar" nossos limites e fragilidades...

O riso é um desafio à nossa humanidade, pois quando ele impera, o mal se inquieta, pois não há espaço para murmurações.

O sorriso alcança tudo e a todos, é uma linguagem universal, assim como o amor, que se traduz em mil línguas, dialetos e expressões similares.

Coração de todo canto entende.

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