domingo, 4 de janeiro de 2009

Redescobrindo meu BELO amor humano


"E eu, que vim a buscar-Te assim, cheia de grilhões em mim...Alguns colocados aqui por minhas mãos, prestes a serem por mim também presos a algo... Tua docilidade me faz livre e, tamanha essa liberdade se apresenta que não arranca esses grilhões com Tuas forças, mas me convida a repará-los, ver o quanto, aos poucos sufocam, me separam de Ti. Deixa-me, por minhas mãos também retirá-los. No caminho NOVO que me convidas a adentrar, para ser profecia Tua, não cabem prisões dentro e fora de mim. É pelas mesmas marcas de Teus pés, que sangraram impressas na vereda da Obra Nova, àquela via estreita que fecunda plenitude, por onde me convidas a imitá-Lo em Teus passos.Teu tempo trabalha ao meu favor, nas purificações, doce fel que amarga nas minhas resistências.Tenho me debatido me ferido, mas Tu, oh Bom Pastor, feriste ainda mais Tuas puras mãos nos espinheiros de minha(s) vontade(s).São meus olhos impuros, que tantas vezes não compreendem as escamas que queres neles colocar. Cegar-me de minhas fantasias. São minhas inclinações, os galhos velhos que cresceram para dentro do tronco, deformidade que os fez ali não ser notados, mas que Tu, por vezes, tiveste de perfurar-me, arrancando-os de mim, preservando minhas raízes, fundamentadas em Ti, Amor Esposo. É esse Amor Absoluto, que purifica meu Amor humano e das paixões que desviam meus olhares do Essencial. É o Belo, que vai além das imperfeições de minh'alma, que hoje me faz experimentar de uma Plenitude, de uma reciprocidade concreta, amorosa, pois não permitiu que decepções de outrora me paralisassem. Posso descobrir o Amor, não fora de mim, mas primeiro em Ti, que estás em mim e me formas a cada dia mais, assim, de dentro para fora, como a semente fecunda, o grão que morre e só aí se rompe para a liberdade".

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