quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A um amigo Francisco

Hoje, dia de São Francisco celebro três anos de consagração e lembrei-me


do trecho de um livro que li na França. Conta muitas experiências de São Francisco na vivência mística seja na intensa vida fraterna, ou nos momentos no eremitério, crises e profundas experiências santas, até unir-se à Cristo em estigmas. Escrevi com minhas palavras de acordo com minha lembrança, mas é algo muito marcante em minha vida e ações.


Irmão Leão encontra Irmão Francisco a queimar um belo cesto na lareira. Ao observar  cena, lembra-se que fora um cesto artesanal caro ao seu fundador, confeccionado por suas próprias mãos, que havia lhe dado muito trabalho. Curioso, Irmão Leão lhe pergunta:
_Irmão Francisco. Por que estás queimando esse cesto tão útil e belo? Deu-te tanto trabalho para ser feito...
São Francisco respondeu com um ar sereno, continuando seu ato:
_Estava me distraindo, Irmão Leão, me roubando da oração. Todas as vezes que o olhava, envaidecia-me de tê-lo confeccionado.
Sem compreender tal ato, Frei Leão insistiu no questionamento:
_Mas, não compreendo, Irmão Francisco... Então é necessário que queimemos tudo o que nos dispersa?
Com olhos de certeza e com discreto sorrir no olhar afirmou Francisco:
_Nem tudo precisa ser queimado, irmão Leão, mas precisamos ter o coração disponível em fazê-lo se o Senhor nos pedir.

(Baseado no trecho do livro Sagesse d’un Pauvre-Éloi Leclerc  - Sabedoria de um Pobre)


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