segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Viver pela fé

No tempo...
Quantas graças, sinais, presentes, manifestações do Amor de Deus... Mesmo que minha lentidão não consiga ainda processar e as tantas ocupações me limitem,  tenho a certeza de que a obra não pára, não se limita na minha vã percepção, no que posso concluir. Me ultrapassa, como tudo o que vem do Céu... E que bom que seja assim... Que bom  não ter minha vontade como via irredutível, pois assim posso ser mais plenificada.
Fico um pouco triste quando minha disposição não corresponde aos anseios do meu coração. Fico triste quando não sou violenta o bastante para agradar corações dóceis, tão dispostos a me conhecer. Mas felicito-me, pois  conhecimento é troca, partilha de dons e superação fraquezas, que se expostas é porque gritam por proteção.
 Mas quão bom é ter onde buscar refúgio, onde sermos tudo o que somos sem termos bloqueios e máscaras. Como é bom ter estrelas de noite escura, não somente para esconder-se sem volta, mas onde podemos ser transformados.
Obra intensa... Grito de Deus... Silêncio... Espera, fé.. Tempo de viver pela fé.... Mas mesmo assim, Deus se faz concreto. Dá-se, em sua inevitável potência de amor. Desejo de renovar as palavras, renovar as intensões, o que foi pedido, a fidelidade no que está sendo concedido, enfim... Tempo de renovar o que já se apresenta como novo. Sem tantos quadros definidos, mas com pés no chão.

E em sua voz paciente me dizia: não quero te perder! Quando poderia impacientar-se. O abraço de saudade, as lágrimas de verdade, a alegria conjunta que a cada dia vai reforçando laços, concretizando o que  ainda não era substância, mas mesmo assim feliz espera. O Senhor do tempo...

E mais doces manhãs, intensas tardes e ricas e suaves noites! Via de paz, tão segura, confiança despojada, que me faz querer ser melhor. Insistência em  habitar minhas boas lembranças e futuras projeções, como a trilha esperada que só gera alegria. Via Shalom, que porta em si tantos dons por mim ansiados, pelas renuncias e humilde descoberta, permitindo um novo radical constante. 

E ir, ir, sem apegar-se aos árduos caminhos, contar com a plenitude que ultrapassa meu inconstante... 
E a fé não enganará jamais...



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