Tão frustrada poderia ser
A alma que perde o sentido da busca
As justificativas, razões, explicações
O não audível, o intocável
Quando nos cercamos de murmurações
Mas quando os sóis nos visitam
Na manhã fria
Lembramos porque deixamos
Seguranças, possibilidades
Conforto de outra via
Quando paramos além da pressa
Percebemos que estavam ali
Àqueles corações
Cheios de vida
Possibilidades
Além das rotulações
Se derramam na atenção
De quem por ter acessível informação
São quistos como preenchidos
Tão sozinhos, tão vazios
São aqueles sóis
Meninos
Expostos a um mundo sem sentido
Sem autoridade amorosa
Abraço
Caminho
Querem o Amor e nem sabem
Andam por trilhos
Por um fio
Sóis da manhã
Que no meu cansaço
Limites
Aquecem o meu frágil
Devolvem o peso leve da cruz
Me fazem sair do instável
Desetruturam o estável
É que coração consagrado
Não nasceu para ser conformado
É tais sóis em si
Não podem permanecer
Apagados
Precisam do óleo que porto
Mesmo escondido
Na lamparina da inconstância
É óleo sagrado
Sóis e óleo
Amor que só explode
Quando inflamado...
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